Índios pedem apoio britânico para reserva de Roraima domingo, jun 29 2008 

DANIEL GALLAS

da BBC Brasil, em Londres

Dois índios brasileiros se reuniram com parlamentares britânicos nesta quarta-feira em Londres em busca de apoio internacional para a reserva indígena Raposa Serra do Sol.

Jacir José de Souza, da tribo Makuxi, e Pierlangela Nascimento da Cunha, da tribo Wapixana, se reuniram com parlamentares de uma comissão multipartidária sobre povos tribais do Parlamento britânico.

A reserva indígena tem sido alvo de disputa entre plantadores de arroz e índios. Na segunda metade deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir se a homologação das terras, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, é constitucional.

Uma das ações contra a reserva indígena é do governo do Estado de Roraima –que contesta o laudo antropológico no qual o governo federal se baseou para homologar reserva em área contínua.

Interferência

No encontro, os dois índios falaram aos parlamentares sobre a disputa no STF do governo de Roraima contra a homologação da reserva.

“Nós não estamos pedindo parte financeira não. Nós estamos apenas pedindo às autoridades [internacionais] para que elas nos ajudem a confirmar a nossa terra que esta demarcada e registrada”, disse Souza à BBC Brasil.

Uma das entidades que apoiou os índios na viagem à Europa, a Survival International, afirmou que “não espera a interferência dos parlamentares em assuntos internos do Brasil”, mas apenas quis ajudar a “levar aos parlamentares a história dos índios”.

A Survival International, que é sediada em Londres, afirma que a viagem foi financiada pelos próprios índios através do Conselho Indígena de Roraima, entidade que foi fundada por Jacir José de Souza.

Após o encontro com os índios brasileiros, os parlamentares britânicos se disseram “simpáticos à causa”, mas que dificilmente poderiam interferir no assunto, que cabe ao judiciário brasileiro.

“Eu gostaria de ver a demarcação da área tribal protegida”, disse o diretor da comissão multipartidária sobre povos tribais do Parlamento britânico, o deputado liberal-democrata Martin Horwood.

“Nós respeitamos os processos legais que estão acontecendo no Brasil e nós não temos intenção de interferir nisso, mas seria uma vergonha se o bom histórico do Brasil de reconhecimento de direitos indígenas for manchado pelo resultado deste caso.”

Além da Grã-Bretanha, os índios brasileiros também visitarão grupos na França, Itália, Bélgica e Portugal. Eles já estiveram na Espanha.

A reserva Raposa Serra do Sol foi homologada em 2005 por um ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As terras ocupam 1,7 milhão de hectares em Roraima, perto da tríplice fronteira de Brasil, Guiana e Venezuela.

Existem mais de 30 ações no Supremo contra a demarcação da reserva indígena de forma contínua.

Neste ano, a Polícia Federal tentou retirar da reserva produtores de arroz que há anos ocupam parte da terra indígena, supostamente com o consentimento de parte dos índios.

Defesa da Amazônia é prioridade nacional sábado, jun 28 2008 

Ao PT-governo falta energia e a Lula da Silva sobra frouxidão para enfrentar as ameaças atuais e efetivas que incidem sobre a Amazônia. A cobiça estrangeira não é nova e deveria servir de alerta para os governos civis que sucederam ao regime militar.

Para registro histórico é bom lembrar que o governo Sarney preocupou-se com isto. Em 1985 projetou-se o Projeto Calha Norte prevendo a ocupação militar da faixa de fronteira ao Norte da Calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas.
É um escudo protetor ao longo de 6,5 mil quilômetros nos limites com a Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Colômbia. A faixa, com 160 quilômetros de largura, ocupa 1,2 milhão de quilômetros quadrados, cobrindo um quarto da Amazônia Legal.
Além de garantir a presença soberana do país em toda fronteira amazônica, garantiria a ocupação gradual e sistemática dessas áreas, através de estímulos migratórios apoiados em projetos de colonização.
Tendo esse instrumental em mão, cabe ao PT-governo enfrentar o problema sem economizar esforços e dinheiro para reativar o Projeto Calha Norte, com vistas ao desenvolvimento regional sustentável e barrar as ações ambições desmedidas dos piratas apátridas que agem despudoradamente.
A presença militar, principalmente do Exército estabelecendo unidades aquarteladas garantiria a área atualmente desprotegida, de olho, particularmente nas inexplicáveis reservas indígenas cuja extensão favorece a pirataria, o contrabando e o narcotráfico.
Não podemos esquecer as ongs internacionais, cuja presença maléfica na Amazônia é interligada ao valiosíssimo patrimônio brasileiro que contém um terço das florestas do planeta, um quinto da disponibilidade de água doce do mundo e uma biodiversidade de oito milhões de espécies.
Os olhos ávidos da extorsão imperialista fixam-se na Amazônia, cujas reservas econômicas superam qualquer projeção para as suas províncias minerais de ferro, manganês, nióbio, cobre cassiterita, bauxita, caulim, ouro, gás, petróleo, e outras mais.
Só não enxerga isto quem não quer. Cegos estão o PT-governo e o Presidente falastrão, acomodados na rede da incompetência, incapacidade e preguiça, para não dizer no acumpliciamento com as ONGs que atuam como cabeça de ponte do inimigo externo.
Dessa maneira, cabe à sociedade civil organizada levantar-se contra as 100 mil ONGs de que fala, com propriedade, o general Lessa, e impedir a continuação das invasões desencadeadas na região, fazendo coro com o presidente do Clube Militar, general Gilberto de Figueiredo, que falando sobre a Reserva Raposa do Sol, de Roraima, pergunta:
“Quem insufla os índios para as invasões? Quem proporcionou apoio logístico aos invasores? Por que tanta ansiedade na exclusão de brasileiros não índios daquela área – por sinal uma terra extremamente rica em recursos minerais?”
O general Heleno Augusto, comandante do Exército na Amazônia, deu o grito em defesa do Brasil, mas foi silenciado pelo PT-governo. Recebe, neste momento, o apoio de milhões de patriotas representados por importantes entidades.
Já manifestaram esta solidariedade ao general Heleno a Associação Paulista de Imprensa – API, Liga da Defesa Nacional, Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG-SP, Associação Brasileira de Oficiais da Reserva do Exército (R/2) – ABORE, Instituto Federalista – IF BRASIL, Loja Maçônica Solidariedade, Loja Maçônica Minerva e Loja Maçônica Brasil.
Estas sociedades e mais os clubes militares, e um grande número de associações comunitárias, corporativas e classistas. No Rio Grande do Norte, a luta pela soberania recebeu o apoio da União Estadual de Estudantes, através do seu presidente Kleber Fernandes e, possivelmente teremos em breve a presença do general Heleno.
E os potiguares mostrarão a sua garra e seu patriotismo.

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Compadre: é a luta!

Autor: Miranda Sá

E-mail: Jornalista (mirandasa@uol.com.br)