CONTROLE INTERNO quinta-feira, nov 20 2008 

O controle interno é considerado custo para empresa. Porém, basta identificar alguma fragilidade nos processos e já se aplica a prática a ferro e fogo. Ou então, nem isso. Nas empresas, o fluxo das operações e alguns pontos de verificação dele, como aprovação, relatórios, registros, monitoramento, já caracterizam a ação.

O fato é que todos já praticam controle interno, mas não percebem. Inclusive no dia-a-dia. Seja a simples observação do extrato bancário ou preparo de uma lista de supermercado, onde nela consta o artigo, a quantidade a ser adquirida e, em alguns casos, até o preço pago na última compra. Então, por que temos aversão ao controle?

A necessidade de controle interno somente fica evidente quando ocorre um erro ou até mesmo uma fraude, por questão de relaxamento no processo ou por questão de auto-suficiência e descaso de quem pratica a função de gestão do negócio. Mas quanto vale a imagem de sua empresa quando ocorre uma fraude? Até que valor um engano não afetará o faturamento? Vale à pena vender grandes quantidades e não receber depois? Todos os dias identificamos na mídia ao menos vinte informações de fraudes, estelionatos, desvios de dinheiros e mercadorias e falsificações. Como podemos nos proteger disso?

E, mais uma vez, temos que lembrar as informações que há pelo menos um mês vem aparecendo a respeito da crise global. Muitos ainda se perguntam onde está a tão rígida Lei Sarbanes-Oxley? Governança corporativa existe ou está somente nos livros e normas internas publicadas nas organizações? Todos se perguntam após esta turbulência mundial, como vamos resgatar a confiança nas instituições financeiras e nas grandes corporações?

A adoção de metodologias mais eficazes de políticas internas e processos e, se possível, fortalecer os sistemas de processamento de dados são de suma importância. Controles internos e contábeis são ferramentas de gestão e não de confusão, basta entender qual o apetite de risco do proprietário ou investidor. Afinal, qual o percentual de perda a nossa empresa suporta: 10%, 20%, 30% ou 50%? Vale salientar que, dependendo do problema, a empresa pode até deixar de existir.

O controle interno é importante para a captação e manutenção de clientes, controle de vendas, de compras, de estoque, financeiro, de cobrança, de pagamentos, de impostos (tributário), contábil (balanços), de ativos e derivativos, principalmente este último, de obrigações, dentre outros. Na realidade, tudo isso são os controles do patrimônio da empresa, área onde a sustentação de suas atividades proporciona a manutenção de seus colaboradores e seus respectivos salários e empregos, e dos acionistas da empresa, que espera retorno de seus investimentos.

E mais uma vez perguntamos: vale a pena correr risco?

 


Demonstrativo de Fluxo de Caixa segunda-feira, ago 11 2008 

Pode-se afirmar que o fluxo de caixa é um instrumento de controle e análise financeira que juntamente com as demais demonstrações contábeis torna-se efetivamente um instrumento de apoio à tomada de decisões de caráter financeiro.

O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira da empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. Evidencia tanto o passado como o futuro, permitindo projetar a evolução do disponível, de forma que se possa tomar com antecedência as medidas cabíveis para momentos de escassez ou excesso de recursos.

Os investidores e financiadores de capitais buscam a cada dia mecanismos que permitam uma análise mais segura da situação financeira da empresa em que pretendam investir. As informações obtidas através das demonstrações contábeis clássicas não são suficientes para que os analistas de mercado avaliem os riscos e a capacidade de retorno do investimento que a empresa oferece. Segundo Yoshitake e Hoji (1997:149), os analistas de balanços com visão moderna dão mais importância ao fluxo de caixa:

… não é muito importante saber se uma empresa teve lucro ou prejuízo em determinado exercício, pois o resultado pode ter sido maquilado por algum artifício contábil permitido pela lei e, portanto, sem conhecer o fluxo de caixa, não se pode saber que capacidade a empresa tem em gerar receita.”

Pode-se concluir que lucro não é sinônimo de caixa, uma empresa pode apresentar lucro em suas demonstrações contábeis, no entanto, estar com dificuldade de geração de caixa. Ainda segundo os autores acima: É sempre bom lembrar que as empresas quebram não por falta de lucro e sim por falta de caixa.”

Assim fica patente o motivo pelo qual, infelizmente, em nosso País o número de empresas que publicam seus DFC ainda é incipiente, nossos gestores preferem maquiar os balancetes como forma de conseguir recursos. Não podemos esquecer casos clássicos .